Quando me disse que não gostava desconconfiei! Não perguntei frontalmente de que particularidade não gostava, não quis tornar-me inconveniente, embora tivesse todas as condições para lhe destruir a convicção. Perguntei antes - "Já aprofundaste suficientemente para saberes que não gostas?". Iniciou um discurso atabalhoado, lavagem cerebral com défice de detergente. Afinal era falta de jeito - incompetência transfigurada em puro desdém. Faltou-lhe apenas confessar a verdade. Tinha tentado mas a frustração amargara-lhe o espírito. Lá me deixou ajudar. Ainda agora se serve feliz da obra depreciada, lá jeito faz-lhe. Como agradecimento transmite-me a ideia que só os nabos percebem daquelas coisas. Não é passatempo que eu vá abandonar meu amigo. Para sair é preciso ter entrado. Tu não chegaste a entrar...